sexta-feira, 1 de março de 2013

Poesia 2


Ponte Nova

Em minha terra há montes
onde subo e desço com
prazer.
Lá, entre frescas e verdes ladeiras, corre um rio que
me viu crescer . Todos os pássaros
e flores que lá residem abençoam
a minha terra com seus cantos
alegres e cheiros perfumosos.
Desta terra me orgulho, nesse
céu me perco em seu
imenso azul com ventos suaves
que me fazem viajar.
Me guio pelo soar dos sinos
da matriz e por um passado
que se faz presente em cada
canto ou rua de Ponte Nova.
Atrás de seus verdes montes
misturado às águas de seu
coração Piranga fizeste-me
captar uma energia cósmica
de onde tiro tanto amor e respeito
para lhe dar.
Depois de palavras emocionadas
e trechos descritivos, peço-lhe que
nunca me renegues e ao som
de seus sinos e ao correr das
águas do Piranga, me faças
sempre um eterno filho
pontenovense.

19/12/1989 – Viçosa – MG
                                      Fernando Drummond...


Poesia 1


Brasil

O minha pátria acolhedora   
desculpe por incompetência de
seus filhos rebeldes estais
tão sofrida e largada.
Desculpe por cortarmos seus
verdes e puros cabelos da
Amazônia, por poluirmos seu
coração despejando tóxicos
na Guanabara.
Desculpe também por nós
a impressionarmos com tamanha
violência e pobreza das favelas
miseráveis da cidade maravilhosa
do Estácio.
O nordeste que clama seca, que
não tem o que comer e te pede
melhoras.
O que você pode fazer por nós,
se não tem ajuda nossa?
Seus filhos recompensados
não lhe ajudam e sim somente
a exploram.
Oh my god!
Pronto só falta nós brazileiros
falarmos o inglês e te entregar
de vez a irmã sabida e desenvolvida
que queres tanto te abocanhar.
“Patriotismo” é a palavra esquecida
dos dicionários brazileiros.
Ó Brasil o que serás de ti.

12/12/1989 – Viçosa – MG
                                     Fernando Drummond...