Ponte Nova
Em minha
terra há montes
onde subo e
desço com
prazer.
Lá, entre
frescas e verdes ladeiras, corre um rio que
me viu
crescer . Todos os pássaros
e flores que
lá residem abençoam
a minha
terra com seus cantos
alegres e
cheiros perfumosos.
Desta terra
me orgulho, nesse
céu me perco
em seu
imenso azul com ventos suaves
que me fazem
viajar.
Me guio pelo soar dos sinos
da matriz e
por um passado
que se faz
presente em cada
canto ou rua
de Ponte Nova.
Atrás de
seus verdes montes
misturado às
águas de seu
coração
Piranga fizeste-me
captar uma
energia cósmica
de onde tiro
tanto amor e respeito
para lhe
dar.
Depois de
palavras emocionadas
e trechos
descritivos, peço-lhe que
nunca me
renegues e ao som
de seus
sinos e ao correr das
águas do Piranga,
me faças
sempre um
eterno filho
pontenovense.
19/12/1989 – Viçosa – MG
Fernando
Drummond...
Observando este texto quase 24 anos depois de escrito posso notar sentimentos de forte ligação com o "local geográfico" de nascimento. Tem características muito particulares ao "ecossistema" de origem natalícia; uma reverência "telúrica" propriamente dita a isto, destituída de quaisquer considerações sociais.
ResponderExcluirTambém posso notar um sentimento místico em relação ao local, principalmente na parte do texto que fala sobre sinos e religiosidade assim como um passado "filosófico" completando estas impressões de contemplação.